Com o chá de sumiço de Neto Baiano, o técnico Lopes está tentando fazer milagre para conseguir dar um destino à camisa 9. Na primeira rodada do Baianão, ela pertenceu a Marclei. Não correspondeu. O atleta nem de longe parecia um centroavante nato, como foi Júnior na temporada passada.Chegou a vez do atacante Edson, a última opção no cardápio do delegado Lopes. E o garoto da base está mordido com tanta cobrança pela vinda de um centroavante. "Time grande quer sempre buscar jogador de nome para a posição. É natural, mas não se pode esquecer da base. Eu não tive sequência e será minha primeira chance, de fato. Pretendo mostrar que a 9 pode ser minha", disse Edson.
Pelo menos na base Edson sempre mostrou talento. Foi um dos artilheiros nas duas últimas edições do baianinho e ainda não chegou a ser aproveitado no profissional.
Para o ex-diretor de futebol do Vitória, Sinval Vieira, é estranho Edson ainda não ter entrado no grupo principal. "O caso de Edson me aparece ser algo pessoal. Parece que não gostam dele lá dentro. Porém, apesar de ser um bom jogador, não vai resolver o problema do centroavante. Na verdade, ninguém vai resolver se o Vitória não arrumar os dois meias ofensivos. Acho que o problema no meio é muito maior que do ataque, desde 2010", disse Sinval, hoje comentarista da rádio Transamérica.
A suspeita tem fundamento. "Ele (Edson) é jogador de Zanata, brigado com o Vitória. É por isso que ele não tem oportunidade no grupo, desde 2010", disse um funcionário do clube, que pediu anonimato.
Na dúvida se Edson vai resolver, Lopes decidiu caprichar no meio. Para o jogo do próximo domingo, 23, contra o Juazeiro, o Leão vai jogar com uma linha de três ofensivos (Timbó, Felipe e Rildo), deixando Edson isolado.
"Serei o homem de referência, mas o Antônio Lopes não me que o tempo todo preso na área. Seremos mais velozes. Mas preferia ficar lá dentro" alegou Edson. (A TARDE)
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