Elenco rubro-negro dispõe de quatro meias - Arthur Maia, Leílson, Elkeson e Rafael Granja -, mas nenhum caiu no gosto do treinador |
por Daniela Leone - Correio* |
Procura-se um camisa 10. Daquele que assume a responsabilidade, levanta a cabeça e distribui o jogo, coloca o atacante na cara do gol. A diretoria rubro-negra busca um maestro para reger o Vitória em 2011. Um não. De preferência, dois. “Queremos contratar dois meias”, tem avisado o diretor de futebol Beto Silveira desde dezembro. Mas, até agora, nada. Por enquanto, o técnico Antonio Lopes tem quatro meias à disposição. Elkeson e Rafael Granja já faziam parte do elenco no ano passado, Leílson e Arthur Maia subiram para o profissional este ano. E nenhum dos quatro é exatamente aquele meia clássico. Uelliton - Diante das opções, quem seria o camisa 10, Lopes? “Não seria nenhum”, responde o treinador, após hesitar por alguns segundos. Certo, mas o estadual começa em uma semana. Alguém vai ter que fazer a função. “Elkeson é um meia que pode servir”, apresenta como primeira opção, e só por conta da insistência. No ano passado, Elkeson foi muitas vezes usado como atacante de beirada, mas se sente melhor com a 10. “Já conversei com Lopes, minha posição é essa. Tenho que dar conta do recado”, defende o jogador. Lopes surpreende com a segunda opção. “Uelliton pode jogar mais na frente como armador”. Uelliton com a 10? O volante, gaiato que só, gosta da moral e topa o desafio. “Oxe, com certeza. No Itaúna eu jogava de meia e fiz oito gols em cinco meses”, gaba-se, relembrando o ano de 2007, quando foi emprestado ao time mineiro. Seguindo a linha do improviso, o treinador lança a terceira opção e encerra a lista. “Tive boas informações sobre Elton, que voltou agora”. Esse, poucos torcedores conhecem. Mas é volante também, tem 24 anos e foi revelado na base, mas acaba sendo emprestado todo ano. Em 2010, defendeu o Joinville. “É questão de adaptação, mas me sinto à vontade pra jogar de meia, sim”, prontifica-se. Pedido - Antonio Lopes não lembrou dele durante a entrevista, mas quem está doido pra ser usado na linha de frente do meio-campo é Rafael Granja. Ele nem almeja a 10. Quer ao menos jogar como terceiro homem, pois todo treinador que passa na Toca do Leão improvisa o meia como lateral. “Eu vim este ano decidido a conversar com o professor Lopes. Gostaria de atuar como meia. Mesmo que ele me deixe afastado, gostaria de ser cobrado na minha posição”, desabafa Rafael. Por enquanto, a 10 está na vitrine. Quem quiser experimentá-la, que se prontifique. Mas é bom saber que a camisa não cai bem em qualquer um. Pra desfilar com ela, é preciso retribuir com talento e gols. *Notícia publicada na edição impressa do Jornal Correio do dia 8 de janeiro de 2011 |
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